terça-feira, maio 30

Carta ao Sr. Primeiro Ministro


Eis aí uma mensagem digna de registo... é pena que o Sr. José Socrates tenha mais que fazer do que ler este blog! Mas aqui vai na mesma!

Caro Sr. Primeiro Ministro.
Venho por meio desta comunicação manifestar o meu total apoio ao seu esforço de modernização do nosso país. Como cidadão comum, não tenho muito mais a oferecer além do meu trabalho, mas já que o tema da moda é a Reforma Tributária, percebi que posso definitivamente contribuir mais.
Vou explicar: na actual legislação, pago na fonte 31% do meu salário (20% para IRS e 11% para a Segurança Social). Como pode ver sou um cidadão afortunado. Cada vez que eu, no supermercado, gasto o que o meu patrão me pagou, o Estado, e muito bem, fica com 21% para si (31% + 21%).
Sou obrigado a concordar que é pouco dinheiro para o governo fazer tudo aquilo que prometeu ao cidadão em tempo de campanha eleitoral. Mas o meu patrão é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, 23,75% daquilo que me paga para a Segurança Social. E ainda 33% para o Estado (IRC).
Além disso quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.
A minha sugestão é invertermos os percentuais. A partir do próximo mês autorizo o Governo a ficar com 100% do meu salário. Funcionaria assim:
Eu fico com 6,75% limpinhos, sem qualquer ónus mas o Governo fica com as contas de: Escola, seguro de saúde, despesas com dentista, remédios, materiais escolares, condomínio, água, telefone, luz, energia, supermercado, gasolina, vestuário, lazer, portagens, cultura, contribuição autárquica, IVA, IRS, IRC, imposto de circulação, segurança social, seguro do carro, inspecção periódica, taxas do lixo, reciclagem, esgotos e saneamento, e todas as outras taxas que nos impinge todos os dias.
Previdência privada e qualquer taxa extra que por ventura seja repentinamente criada por qualquer dos Poderes Executivo e Legislativo Judiciário.
Um abraço ao Sr. Primeiro Ministro e ao Senhor Presidente da República e muito boa sorte, do fundo do meu coração!
PS: podemos até negociar o percentual!!!

segunda-feira, maio 29

Uns cliques que podem salvar


A rapidez pode valer uma vida...
A Amnistia Internacional está a recolher assinaturas online na tentativa de salvar Nemat. Tem 17 anos é iraniano e foi condenado à morte. Mão se sabe onde está preso mas sabemos que as assinaturas recolhidas podem talvez salvar-lhe a vida. O seu enforcamento pode estar por dias ou, quem sabe, até só por horas. Não podemos parar o tempo mas podemos fazer com que as coisas mudem.
Nemat foi acusado de um crime que ele confessou apenas depois de um "longo interrogatório"... vá-se lá saber o que se entende por "longo interrogatório" e com que meios foi conseguida esta confissão. Nemat pode até ser culpado (o que se duvida), mas ninguém tem o direito de tirar a vida a ninguém, muito menos a um menor.
O Irão comprometeu-se a não executar menores em 1990, mas desde essa data já faltou a esse compromisso pelo menos 18 vezes
Clica aqui para preencheres um pequeno formulário que se juntará às mais de 25500 assinaturas já recolhidas. Podes ler também a carta que será enviada ao presidente iraniano com a petição de reconsiderar a decisão.

terça-feira, maio 16

Os bebés africanos “morrem à nascença”


Segundo a organização Save the Children, cerca de dois milhões de bebés africanos, nascidos todos os anos nos países em desenvolvimento, morrem nos primeiros dias de vida.
Um relatório da organização internacional Save The Children denuncia que a maioria das crianças africanas, nascidas em países em desenvolvimento, morrem de causas que podemser prevenidas, tais como infecções, dificuldades no parto, ou peso reduzido à nascença. O mesmo, afirma ainda que estas vidas podem ser poupadas através de técnicas simples e pouco dispendiosas.
O relatório anual State of the World’s Mothers 2006 , produzido pela Save the Children, conclui que os países mais seguros do mundo, para se ser mãe, são os escandinavos, e os mais perigosos do mundo, os africanos. Na medida em que 60 milhões de mães (por ano) dão à luz em casa, sem qualquer acompanhamento médico. Esta pesquisa apurou que mais de três milhões de crianças nascem mortas, todos os anos, e mais de quatro milhões não sobrevivem ao primeiro mês, devido a doenças ou complicações que ocorreram no parto. Enquanto, que cercade dois milhões, não vivem para além do primeiro dia.
Vontade Política
A Save the Children alega que intervenções de custo reduzido restringiriam a taxa de mortalidade dos recém-nascidos em 70%. Para além de ter calculado, que caso a comunidade internacional contribuísse com mais $4.1 milhões de milhões de dólares, seria possível proporcionar às mães a informação e os serviços necessários para salvar as suas vidas, e as dos seus bebés.
Ainda que 99% das mortes de recém-nascidos e 99% de mortes durante o parto ocorram nos países em desenvolvimento, a Save the Children apela à vontade politica, que defende ser mais importante que as estratégias nacionais de saúde.
O relatório State of the World’s Mothers 2006 elogia a Colômbia, o México, a Nicarágua, o Vietname, a Eritreia, e o Tajiquistão, que se encontram entre as nações em desenvolvimento que se distinguiram pelo seu “admirável desempenho” ao investirem em serviços, em educação, que melhoram as perspectivas, quer das mães, quer das crianças, ainda que os seus recursos sejam limitados.
Estes países beneficiam assim, as suas perspectivas de crescimento económico e de desenvolvimento, pois segundo o relatório, os bebés que nascem menos saudáveis, logicamente que estão mais vulneráveis a doenças ao longo da vida, o que significa que serão adultos menos produtivos.
Fonte: Pobreza Zero.

A frieza dos números...

Miserável:
1 em cada 5 pessoas no nosso planeta vive em condições de extrema pobreza.
Brutal:
Em cada 3 segundos que passam morre uma criança de fome.
Sem futuro:
Mais de 115 milhões de crianças no mundo não vão à escola.
Vergonhoso:
2/3 dos analfabetos no mundo são mulheres.
Injusto:
10% da população mundial consome mais de 70% das riquezas do planeta.
Imperdoável:
500 mil mulheres morrem, por ano, de parto ou durante a gravidez por doenças hoje evitáveis.
Escandaloso:
3 milhões de pessoas no mundo morrem por ano com SIDA apenas por não ter acesso a medicamentos.
Inconcebível:
1 em cada 6 pessoas no nosso planeta não tem acesso a água potável.
Está na hora de fazer alguma coisa, não? Tens sugestões?

Fonte: Pobreza Zero.

sábado, maio 6

Será desta Darfur?

Dado primeiro passo
para a paz no DARFUR!

Hoje, dia 5 de Maio, no Senegal, foi dado o primeiro passo para a tão desejada paz no DARFUR, Sudão. O governo sudanês e as duas facções rebeldes mais influentes no país, assinaram um acordo de paz para acabar com três anos de guerra que matou centenas de milhares de pessoas e fez milhões de deslocados das suas terras.
É, sem dúvida, uma boa notícia... mas... este é apenas o primeiro passo para acabar com a violência no DARFUR e dizer basta a este trágico genocídio.
Para esta feliz situação contribuiram também os mais de 800 mil milhões de assinaturas e postais electrónicos enviados ao presidente Bush pedindo uma intervenção urgente na crise do Sudão. E apenas um dia depois de mais de 50 mil pessoas se manifestarem em Washington e outros tantos milhares fazerem o mesmo pelo mundo fora, o presidente Bush destacou o Secretário de Estado Robert Zoellick para as conversações de paz no DARFUR.
Isto só prova que podemos fazer a diferença com este tipo de assinaturas online. Funciona! A proposta de pensamento alternativo pode demorar mas tráz os seus benefícios para aqueles que não têm voz. Nós somos a sua voz!
Porém, este é apenas um primeiro passo. É necessário continuar a pressionar para que as partes cumpram os termos de paz acordados. Eu mesmo sou testemunha de vários processos de paz acordados no Quénia e depois desrespeitados entre o governo sudanês e os rebeldes liderados por John Gharan no sul do Sudão.
Por isso é necessário que milhões de pessoas que todos os dias são violentados nos seus direitos mais básicos continuem a acreditar que podemos ser a sua voz, e que essa voz fará a diferença.
Clique aqui para passar a voz para os seus amigos. DARFUR necessita da nossa voz!
Entretanto, continuemos a acreditar que a paz é possível. É essa, definitivamente, a vontade de Deus para todos.

sexta-feira, maio 5

Quénia: Sonho tornado realidade


Jesuítas tornam sonhos
escolares de refugiados
uma realidade

Muitos jovens refugiados que fugiram dos seus países no meio da educação universitária podem agora completar os seus estudos, graças aos Jesuítas no Quénia.
Até agora, 25 estudantes beneficiaram do programa escolar do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), iniciado em 1998, através da Universidade da África do Sul (UNISA).
O centro com o programa educacional está situado no Campo de Refugiados de Kakuma, norte do Quénia. Aqui vivem milhares de refugiados, a maior parte do Sudão, da Somália e da Etiópia.
Actualemente o programa oferece o Bacharelato de Artes e o Bacharelato de Comércio.
O centro dá atenção especial a estudantes que tenham mostrado espírito de iniciativa e participado no serviço comunitário.
Através deste programa escolar, os estudantes refugiados continuam os seus estudos enquanto desenvolvem a comunidade no campo. Oferecem-se como voluntários para professores e trabalhadores no campo da saúde.
O JRS oferece ainda formação aos estudantes para desenvolverem as suas capacidades em diferentes campos e alargar o seu campo de visão nos acontecimentos que os envolvem todos os dias. Há cursos de secretariado e de informática para todos os estudantes registados no centro. Durante o curso semestral, os estudantes escrevem os seus trabalhos depois enviados para a Universidade em prazos previamente acordados.
Eis aqui uma prova de que "Mãos dadas podem fazer milagres"!

Para mais informação: http://www.jesref.org

ALÉM MAR...


O ECLIPSE DE DEUS

A Além-Mar de Maio dedica a capa à missão num mundo globalizado. As pressões da globalização estão a afastar mesmo os que se consideram crentes da relação com o transcendente que é a pedra de toque da nossa civilização. Este «eclipse de Deus» exige novas formas de missão.
Os outros temas a destacar:
Ásia e a América Latina, dois destinos económicos que têm cada vez mais peso. E estão este mês em foco em dois fóruns internacionais;
O muro da exclusão. Para travar a imigração, os EUA planeiam terminar de construir um imenso muro ao longo da fronteira com o México;
Darfur: um genocídio sem fim à vista. Apesar das negociações promovidas pela União Africana, não se avista uma saída para a trágica crise do Darfur. Que já ameaça alastrar ao vizinho Chade;
Cooperação tripartida: O triângulo Portugal-PALOP-EUA nunca deixou de existir. E a cooperação militar tripartida prova-o bem;
O desafio dos transgénicos. As sementes Terminator ficaram sujeitas a uma moratória. Mas a biodiversidade continua ameaçada;
A homofobia não é um preconceito qualquer. Um pouco por todo o mundo, homossexuais são assassinados, presos, maltratados, discriminados.
Quanto às colunas mensais:
O investigador José Dias da Silva reflecte sobre a ajuda externa ou esmolinha em Sinais; Renato Kizito, do Quénia, dedica Ventos do Sul ao fermento das periferias; Fernando Domingues, descreve, desde Roma, em Apontamentos, a passagem da cruz do encontro mundial da juventude de Colónia, na Alemanha, para Sydney, na Austrália, depois de passar por uma vintena de países africanos. Finalmente, Manuel Augusto Ferreira, em Taiwan, interroga-se em Caminhos de Páscoa sobre o medo e preconceito que as autoridades chinesas têm da religião.
Quanto às rubricas:
o Editorial é dedicado aos desafios da «irrelevância de Deus», hoje; em Contraponto, o jornalista Carlos Narciso escreve sobre as guerras em curso no Iraque; através de Gente solidária acompanhamos os primeiros passos de um grupo de missionários na Serra de Guerrero, no centro do México; Povos do mundo apresenta-nos os Nuer, do Sudão; O Filho do Rei é mais uma gostosa fábula indiana publicada em Tradição Oral; Ousar viver é o desafio lançado em Jovens e Missão.
Além-Mar tem também uma secção de actualidades, uma coluna sobre a América Latina, uma página de opinião dos leitores, um escaparate de Livros e Discos e uma proposta concreta de solidariedade aos leitores.

Assim vai o nosso Portugal!


É inacreditável mas é o país que temos!

Esta era a manchete do Expresso há umas semanas atrás. Noticiava:

A nossa petrolífera tem vindo a ser albergue de parasitas e troca de Incompetentes.
Senão, veja-se:
Um quadro superior da GALP, admitido em 2002, saiu com uma indemnização de 290.000 euros, em 2004. Tinha entrado na GALP pela mão de António Mexia e saiu de lá para a REFER, quando Mexia passou a ser Ministro das O.P. e Transportes...O filho de Miguel Horta e Costa recém licenciado, entrou para lá com 28anos e a receber, desde logo 6600 euros mensais. Freitas do Amaral foi consultor da empresa, entre 2003 e 2005, por 6350 euros/mês, além de gabinete e seguro de vida no valor de 70 meses de ordenado.

Manuel Queiró, do PP, era administrador da área de imobiliário (?) 8.000 euros/mês.A contratação de um administrador espanhol passou por ser-lhe oferecido 15 anos de antiguidade (é o que receberá na hora da saída),pagamento da casa e do colégio dos filhos, entre outras regalias. Guido Albuquerque, cunhado de Morais Sarmento, foi sacado da ESSO para a GALP.Custo: 17 anos de antiguidade, ordenado de 17.400 euros e seguro de vida igual a 70 meses de ordenado.


Ferreira do Amaral, presidente do Conselho de Administração. Um cargo não executivo (?) era remunerado de forma simbólica: três mil euros por mês, pelas presenças. Mas, pouco depois da nomeação, passou a receber PPRs no valor de 10.000euros, o que dá um ordenado "simbólico" de 13.000 euros...Outros exemplos avulso:Um engenheiro agrónomo que foi trabalhar para a área financeira a 10.000euros por mês; A especialista em Finanças que foi para Marketing por 9800 euros/mês...


Neste momento, o presidente da Comissão executiva ganha 30.000 euros e os vogais 17.500.Com os novos aumentos Murteira Nabo passa de 15.000 para 20.000 euros mensais.A GALP é o que é, não por culpa destes senhores, mas sim dos amigos queocupam, à vez, a cadeira do poder. É claro que esta atitude, emula do clássico "é fartar, vilanagem", só funciona porque existe uma inenarrável parceria GALP/Governo.


Esta dupla, encarregada de "assaltar" o contribuinte português de cada vez que se dirige a uma bomba de gasolina, funciona porque metade do preço deum litro de combustível vai para a empresa e, a outra metade, para o Governo.Assim, este dream-team à moda de Portugal, pode dar cobertura a um bando de sanguessugas que não têm outro mérito senão o cartão de militante. Ou o pagamento de um qualquer favor político...

Antes sustentar as gasolineiras espanholas que estão no mercado do que estes vampiros!E AINDA DIZEM QUE A CRISE É CULPA DA FUNÇÃO PÚBLICA !!!

E outros que mais…!!!!!

cMc Produções

Condenação????

Igreja na China!

Veio hoje (4 Maio 2006) a público que a Igreja condenava a ordenação de dois bispos na China. NÃO É VERDADE. A Igreja não condenou absolutamente nada.
Leia aqui o texto deixado pelo nosso colega CVJ a propósito do mau uso do termo por parte da nossa comunicação social bem tendenciosa!
Atenção ao que se escreve. Obrigado CVJ!

Trabalho Infantil... Boas Notícias!

OIT: trabalho infantil em queda, Brasil é exemplo a seguir
O trabalho infantil está, pela primeira vez, a diminuir em todo o mundo, a um ritmo que permite vir a ser totalmente eliminado nas suas piores formas dentro de 10 anos, indica um relatório da Organização Internacional de Trabalho (OIT) hoje divulgado, que apresenta o Brasil como exemplo a seguir nesta matéria.
O número de crianças trabalhadoras em todo o mundo caiu 11% entre 2000 e 2004, de 246 milhões para 218 milhões, sendo a América Latina e as Caraíbas as regiões onde se registou a maior queda.
O Brasil é apontado no relatório como o exemplo a seguir, ao ter registado uma quebra no número de crianças trabalhadoras de 61% no grupo entre os 5 e os 9 anos entre 1992 e 2004 e de 36% no grupo dos 10-17 anos, revela o relatório.
O México é outro dos bons exemplos apontados pela OIT.
A África sub-saariana tem a maior proporção de crianças trabalhadoras no planeta, 50 milhões, o que corresponde a 26%.
O relatório acrescenta que, em todo o mundo, o número de crianças entre os 5 e os 17 anos envolvidas em trabalhos perigosos diminuiu 26%, atingindo 126 milhões em 2004, contra 171 milhões em 2000. Na faixa etária entre os 5 e os 14 anos aquela redução foi de 33%.
Apesar dos progressos, o relatório aponta para desafios importantes a travar, nomeadamente na área da agricultura, onde laboram 7 em cada 10 crianças trabalhadoras.
Relatório da OTI aqui (inglês PDF)