quinta-feira, março 29

Eis a mentira desmascarada!

Amigos da VIDA,
A nossa Caminhada não pára.
Desde o dia 11 de Fevereiro que estamos a assistir a uma verdadeira mentira.
Sempre dissemos que dizer SIM no Referendo, seria liberalizar o Aborto até às 10 semanas. Tínhamos razão!
Prometeram aconselhamento e apoio à Maternidade. Onde está ele ?
Todos os profissionais de Saúde, nomeademente médicos, que forem objectores de consciência ou seja que exercem a sua profissão a favor da cura e não da morte, foram postos de parte. Não fazem parte do grupo de aconselhamento. Mas então o que quer dizer aconselhamento? Como se tentar ajudar uma mulher a assumir o seu filho, fosse um crime?
A Lei foi discutida na 1ª Comissão da AR, apenas por uma dúzia de deputados, que troçaram daqueles que disseram Não, e também daqueles que disseram Sim, convencidos de que seria apenas para despenalizar até às 10 semanas.
Tudo se resolveu numa hora de debate.
O abuso de poder declarado!
Isto é uma loucura!
A mentira está a tomar conta das consciências dos portugueses.
Não por falta de inteligência, mas por ignorância.
É por isso que tentamos ser a voz de todos aqueles que votaram NÃO, e ainda daqueles que não votaram porque estavam pouco esclarecidos.
O Presidente da República, Presidente de todos os Portugueses, precisa saber que pode contar connosco, que estamos vivos e prontos a dar a vida pela nossa Pátria.
Somos um, somos dois, somos três, seremos milhões…

Um abraço
Sofia Guedes

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quarta-feira, março 28

40 anos antes de Al Gore... Paulo VI

É bem conhecido o axioma (mais ou menos assim): "A Igreja é retrograda e atrasada".
Num artigo de opinião de Graça Franco na 1ª página da Rádio Renascença com o título "Outra verdade inconveniente" esta forma de pensar parece ser contrariada.

Afinal, já muito antes de Al Gore chamar a atenção para os custos ambientais e os problemas causados pelo desenvolvimento tinham já sido alertados por Paulo VI na sua encíclica "Populorum Progressio" em 1967.

É, concerteza, uma outra verdade inconveniente que muitos não querem ouvir falar.

"Não aceitamos que o económico se separe do humano; nem o desenvolvimento, das civilizações em que ele se incluiu. O que conta para nós é o Homem, cada homem, cada grupo de homens, até se chegar à humanidade inteira."

Esta frase, citada na carta encíclica “Populorum Progressio”, é um bom resumo da visão cristã do desenvolvimento dos povos consagrada pela Igreja, a 26 de Março de 67.

Nesse texto, Paulo VI, o “advogado dos pobres”, defendia o “desenvolvimento como nome da paz” e lançava um apelo veemente aos homens para que desenvolvessem uma acção organizada, de modo a colocar a economia ao serviço de todos e prosseguir “o desenvolvimento integral do Homem e (o desenvolvimento) solidário da humanidade”.

“Herdeiros das gerações passadas e beneficiários do trabalho dos nossos contemporâneos, temos obrigações para com todos, e não podemos desinteressar-nos dos que virão depois de nós aumentar o círculo da família humana” afirma a carta que inclui outra citação profética: “O Homem pode organizar a terra sem Deus”, mas “sem Deus só a pode organizar contra o Homem. Humanismo exclusivo é humanismo desumano”.

Passaram mais quatro décadas na história do Planeta e poderíamos hoje acrescentar à frase de Lubac: “o Homem pode organizar a terra sem Deus mas, sem Deus, só a pode organizar contra o Homem” e... contra a Terra…

Quarenta anos antes de Al Gore a Igreja liderava a revelação desta “Verdade Inconveniente!"


Graça Franco, RR

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segunda-feira, março 26

Entrevista a Muhammad Yunus - Prémio Nobel da Paz

"Movo-me no capitalismo para tratar os seus males"

Como define o momento presente da nossa civilização?
É muito excitante. Se o seu editor lhe pedisse para escrever sobre o que vai acontecer em 2020 seria ficção científica, porque não sabe. Se recuasse 20 anos, tentando imaginar o que aconteceria hoje, seria ficção. Nessa altura, nem o fax existia e a internet, nem pensar. Quem pensaria no Youtube, ou no Ipod?

Escolheu a palavra excitante. Que outras lhe vêm à cabeça?
Potencial, ilimitadas possibilidades. É difícil hoje em dia dizer que alguma coisa é impossível Quem ousava dizer há 30 anos que a URSS se iria desintegrar?Mas eliminar a pobreza parece estar a ser mais impossível...Mas nunca ninguém acreditou que a pobreza era algo ultrapassável. O discurso e a prática assentam nesta ideia: vamos viver com a pobreza e facilitar a vida aos pobres, dando-lhes água e comida. O que digo é que a pobreza é anti-natura, é imposta. Só no ano 2000 os líderes mundiais se comprometeram a reduzir a pobreza para metade até 2015. Tal nunca tinha acontecido.

Qual é o modelo político que melhor serve o seu projecto e os seus ideais?
O modelo que está a ser praticado em todo o mundo é o capitalismo, embora com muitas variações. Até as economias socialistas, como a China e o Vietname, estão a incorporar o sistema capitalista. Mas para mim o capitalismo é uma espécie de história que só foi contada a metade, não está desenvolvido. Digo isto porque o item importante no capitalismo, o motor, é o negócio. Mas tem uma definição muito estrita. Diz que o negócio é só para fazer dinheiro, maximização dos lucros. Isto é muito redutor, como se o ser humano só pudesse fazer dinheiro. É uma visão unidimensional do ser humano. A mesma pessoa que quer fazer dinheiro é a mesma pessoa que é afectuosa, preocupada com os outros. Mas isto não está assumido no nosso sistema. Então a solução é o negócio social, um sector - dentro do capitalismo - que trate de muitos dos problemas que o capitalismo criou. A missão é fazer bem às pessoas, sem a preocupação do lucro.

Fonte: DN online (23.03.07)

"Então a solução é o negócio social, um sector - dentro do capitalismo - que trate de muitos dos problemas que o capitalismo criou. A missão é fazer bem às pessoas, sem a preocupação do lucro."

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sábado, março 24

Campanha contra pornografia infantil

Está a ser feita uma petição online para acabar com os sites de pornografia infantil. A única coisa que nos pedem é para acender uma vela virtual.
O objectivo de acender um milhão de velas em 4 meses foi cumprido em 60 dias. Quantas mais velas, melhor.
O link está mais abaixo. Eu já acendi a minha...
As crianças agradecem.
E o resto do mundo também.

Acenda a sua vela aqui http://www.lightamillioncandles.com

P. Aparício desde Kinshasa (2)

Mais algumas notícias de Kinshasa, agora mais calmas:
As coisas agora já estão calmas, mas passamos aqui dois dias complicados. Os soldados de Bemba ao fugirem distribuiram armas aos rapazes da rua e todos juntos criaram problemas e começaram a pilhar lojas e nisso foram ajudados também por elementos das forças armadas. Mas a fuga destes individuos deu-se para o bairro onde me encontro. Aqui há uma zona que chamam de "grand monde"onde é dificil entrar e é habitada sobretudo pelos habitantes do equador a região de Bemba. Para lá se dirigiram os fugitivos. De modo que ontem ao meio dia já havia um pouco de tranquilidade por toda aparte da cidade salvo aqui. Toda a tarde tiros de todas as partes: tentavam assaltar lojas e armazéns e os guardas dessas lojas defendiam-se também com as armas.
Fui-me deitar ás 10h00 e ainda havia alguns tiros esporádicos. Mas à 1h00 deu-se um grande tiroteio seguindo-se mais tarde outros tiros nas horas sucessivas. As 5h00 houve a "batalha final" tiroteio com armas ligeiras e pesadas. A nossa casa até tremia. Esperava que nenhuma bomba caisse aqui na casa. Felizmente nada disso aconteceu e a partir das 7 da manhã as patrulhas da policia começaram a fazer a ronda destes locais e a paz regressou.
Agora tudo está calmo e a vida recomeçou...
Obrigado pela vossa amizade e solidariedade.

Um abraço
Antonio Aparicio

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P. Aparício desde Kinshasa

P. António Aparício envia-nos um relato do que se passa em Kinshasa (RDCongo):

Talvez os meios de comunicação social falem da situação que prevalece emKinshasa nestes dias. Aliàs uma senhora da embaixada telefonou-me ao meio da manhã para me dizer que o Estado portugues ia enviar um avião para evacuaros que quisessem partir...
Kinshasa està a ferro e fogo. Ontem por volta das 13h45 começamos a ouvir tiros com armas pesadas vindos do centro da cidade... Isto continuou toda atarde embora fosse acalmando com o anoitecer. Esta madrugada por volta das 3 horas novo tiroteio muito forte e a situação continua embora a partir do meio dia as coisas acalmaram bastante. Toda a manhã aqui perto da nossa casa ouviam-se tiros de armas ligeiras. A certo momento encontrava-me no jardim a falar com o sentinela e ouvimos uma bala perdida que veio embater com força na porta da garagem.Tudo isto porque as milicias de Jean Pierre Bemba, um chefe rebelde (que tem uma bela e grande vivenda em Faro ) e que se tornou um dos vice presidentes durante o periodo de transição, não querem abandonar as posiçoes que ocupam à volta da residencia de Bemba. Após as eleiçoes e formação do novo governo o chefe das forças armadas pediu a todos estes "militares" de se apresentarem nos quartéis, mas eles não obedeceram. De hà uns dias a esta parte essa zona estava a ser controlada pelos soldados da republica e ainda pelas forças da ONU.
Ontem tudo rebentou e ainda continua.Bemba fugiu e refugiou-se na embaixada da Africa do Sul. Os seus soldados em debandada vão distribuindo armas aos "shégués" (rapazes da rua) e por onde passam tentam pilhar o que podem. Os soldados da republica tentam segui-los e prende-los e tudo isto vai criando desolação mortes e feridos.
A população ontem apanhada de surpresa tentou voltar para casa a maior parte deles a pé dado que os transportes desapareceram. Muitos ficaram retidos nos seus locais de trabalho e ainda là se encontram. O mesmo acontece com algumas escolas e colégios situados nessa zona (a zona chique da cidade).
Hoje todo o mundo ficou em casa e ninguém sai à rua... A nivel Comboniano não hà qualquer problema a assinalar. Onde está o Alfredo é uma zona bastante perto do centro dos acontecimentos. Viram os carros armados que passavam ouviram os tiros mas está tudo calmo. Aqui onde me encontro na casa provincial era o lugar mais "quente". O tiroteio a certo momento era ameaçador, mas agora parece que as coisas já estão controladas.A
ssim o esperemos. Lá onde se encontram os outros portugueses Arieira e Abilio não há absolutamente nada. O problema é so aqui em Kinshasa.

Um abraço
Antonio Aparicio

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sexta-feira, março 23

Conflitos em Kinshasa... RDCongo

Segundo informações do P. Alfredo Neres, Missionário Comboniano a trabalhar em Kinshasa, a razão da actual instabilidade na capital da RDCongo deve-se a uma acção militar das tropas de Kabila no sentido de desarmar as tropas fieis ao candidato presidencial derrotado, Bemba.
A situação parece ter já acalmado. De resto, há vários mortos a lamentar. Ainda não se sabe quantos. Porém, os conflitos tiveram apenas lugar numa zona muito circunscrita do centro da cidade.

Há já várias semanas que o actual presidente eleito, Kabila, pedia a Bemba que dessarmasse as suas tropas. Como sempre o recusou, "fe-lo agora à força" - disse o P. Alfredo Neres.



Informação obtida pelas 13.15h.

A economia pela paz...

Os pobres merecem crédito
Muhammad Yunus passou por Lisboa e explicou a contribuição do microcrédito para a paz
"Os pobres merecem crédito" - defendeu ontem (22 de Março), Muhammad Yunus, Prémio Nobel da Paz em 2006, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. E acrescenta logo de seguida: "Se alguém disser o contrário eu digo que é mentira".
Nascido no Bangladesh, que se tornou independente do Paquistão em 1971, este professor universitário leccionava nos EUA quando se deu a separação. "Não foi um processo fácil porque se derramou muito sangue" - disse. A euforia inicial "tornou-se um pesadelo".
Ao saber que o seu país estava naquele estado lastimoso, Muhammad Yunus decide voltar para a pátria. "Fui ensinar Economia" mas junto ao campus universitário "via pessoas morrerem à fome". As salas de aula "pareciam cinema" porque "lá fora a realidade era diferente" - sublinhou na sua conferência sobre «Microcrédito: um contributo para a paz».

Leia aqui o resto da notícia em Ecclesia.pt


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Semana contra o Racismo

Lágrima de Preta - Poema de António Gedeão

Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhai-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

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segunda-feira, março 19

O bem que se faz...

O padre holandês Francisco Van Der Hoff e a paquistanesa Mukhtar Mai são as duas personalidades distinguidas com o Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa 2006.

Atribuído desde 1995, o prémio distingue o desempenho de personalidades em prol dos direitos humanos.

A cerimónia de entrega decorreu esta manhã, na Assembleia da República, num acto com a presença do Presidente da Republica, Cavaco Silva.

O Padre Francisco Van Der Hoff dedica-se, há 40 anos, ao comércio justo. Depois de várias paragens pela América Latina, em defesa do trabalho das populações mais pobres e marginalizadas, acabou por se estabelecer no México, onde vive há mais de 20 anos.

Por seu lado, a paquistanesa Mukhtar Mai, “foi violada por um grupo de homens no quadro de leis tribais, devido a uma ofensa que o irmão dela fez a uma das famílias”, explica José Carlos Nunes, director do Centro Norte-Sul do Conselho da Europa.

Os responsáveis foram condenados pelos tribunais oficiais e, com a indemnização que recebeu, Mukhtar Mai abriu uma escola na sua aldeia, dedicando-se a projectos de luta contra a pobreza e de apoio às mulheres vítimas de violência.

Fonte: Página 1 da RR

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sábado, março 17

Aborto depois das 10 semanas despenalizado

O Aborto, o crime e a pena

Segundo a Imprensa, um anteprojecto de lei prevê, para o crime de aborto após as dez semanas, a substituição da pena de prisão pela suspensão provisória do processo.
Se vier a confirmar-se tal proposta, estaremos perante um facto de enorme gravidade.
Não se trata, apenas, de uma falta de respeito pelo recente referendo. Aí prevaleceu a despenalização do aborto até às dez semanas. Agora, despenaliza-se também depois das dez semanas. Mais grave ainda, antes do referendo surgiram várias propostas para,continuando a considerar o aborto um crime, evitar a prisão das mulheres.
Por exemplo, através da suspensão provisória do processo.
A reacção de muitos a tais ideias foi classificá-las de hipócritas, pois, diziam, não pode haver crime sem pena. Pois são essas ideias que, agora, consideram boas para o aborto após as dez semanas.
Há que perguntar: afinal, quem é hipócrita?
A confirmar-se esta enormidade, seria uma brincadeira de mau gosto se não fosse uma séria falta de honestidade política.

RR

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