Como e porquê?
A leiga missionária Idalina e o P. Waldyr, mortos em Moçambique é uma notícia que faz pensar qualquer um de nós, missionários e missionárias. Para algumas pessoas, a vida missionária de entrega total para a felicidade dos outros é um absurdo. Ainda mais quando se recebe como "recompensa" a morte. Dá que pensar. Afinal... não deveria ser ao contrário? Não deveriam os missionários ser agradecidos pelo bem que fazem a estas pessoas? Que absurdo... não tem lógica!
Deixo aqui também o testemunho da Fátima Rodrigues, também ela leiga missionária para o Desenvolvimento:
Olá a todos!
Desde que soube da morte brutal da Lina que não paro de pensar no assunto:
Primeiramente foi a brutalidade e a crueza dos acontecimentos. Mas depois comecei também a reflectir melhor como a Idalina e o o P.Waldyr deram, de facto, a sua vida. Deram a sua vida por quererem servir os outros. Estavam na missão de Fonte Boa para isso mesmo (mesmo sabendo que havia riscos reais...).
E morreram por causa disso: por quererem trabalhar com os mais pobres com o objectivo de virem a ser eles os construtores duma existência mais digna.
Na sua crueza e brutalidade, estas notícias têm então também o seu lado de luz:
Desde ontem que me sinto mais “Leiga para o Desenvolvimento” e, com uma especial vontade de voltar a Africa e de trabalhar com aqueles que, por razões várias, continuam a ser vítimas da violência atroz seja ela desencadeada desta forma brutal, seja sob a forma da mais variada corrupção que teima em excluir, de todas as oportunidades, os mais frágeis.
A todos quantos partilharam comigo a tristeza das gentes da província de Tete (norte de Moçambique) e da humanidade em geral pela perda desta colega “Leiga”, o meu “obrigada”.
Para os que, vivem e trabalham na convicção de que há valores que não morrem.... vai o pedido duma prece junto do Deus da Vida pela Idalina, pela sua família e amigos e por esta grande família dos "Leigos para o Desenvolvimento" que desde ontem escreve uma das páginas mais dolorosas da sua história.
Um abraço muito amigo.
Fátima Rodrigues (Leiga para o Desenvolvimento)
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