terça-feira, maio 22

À consideração do Primeiro Ministro e "Associados Governamentais"


A VERGONHOSA situação de pobreza em Portugal

Dentro de poucos dias, a Comissão Nacional Justiça e Paz irá realizar uma conferência sobre o tema “Por um Desenvolvimento Global e Solidário – Um Compromisso de Cidadania."

Os números são ALARMANTES... tendo em conta que dois anos de governação são considerados muito positivos pelos nossos governantes. Aí ficam os dados divulgados no relatório sobre a "Caracterização e evolução da pobreza em Portugal." Julge por si!

- "a pobreza assume em Portugal uma incidência muito preocupante, atingindo mesmo um dos valores mais elevados, no contexto da União Europeia"

- em Portugal, cerca de 20% das pessoas (cerca de 2 milhões) detinham, em 2005, um rendimento disponível familiar equivalente, depois das transferências sociais, abaixo dos 60% da mediana nacional. Esta taxa de risco de pobreza, apenas era ultrapassada pela da Polónia e da Lituânia (21%), sendo igual às da Irlanda, Grécia e Espanha.

- a elevada taxa de pobreza registada em Portugal está associada "a uma desigualdade de rendimentos, que é a mais alta de todos os países da UE" a 25.

- "a pobreza infantil assume uma incidência muito elevada, hipotecando o futuro das crianças. Acresce que as taxas de abandono escolar, apesar de alguma redução, se mantêm em níveis muito preocupantes."

- a situação de pobreza infantil é particularmente gravosa entre as famílias monoparentais (34%) ou nas famílias mais numerosas (30%)

- Manuela Silva, presidente da Comissão, considera que "não é tolerável que em Portugal persistam níveis de pobreza tão elevados como presentemente sucede e que o crescimento económico que o País tem conhecido ao longo dos anos não tenha servido para melhorar as condições de vida de cerca dos 20% da população cujos rendimentos ficam abaixo do limiar de pobreza."

Mas há mais... infelizmente:
- Para aceder à notícia na Ecclesia: Aqui.
- Para aceder ao Relatório da CNJP: Aqui.

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3 Comments:

At 23 maio, 2007 10:52, Anonymous Anónimo said...

A pobreza é de facto um sintoma da desigualdade social e de oportunidades.
Num post recente que colocas-te acerca do Prémio Nobel da Paz 2007, Yunus realça a importância das pessoas não só como geradoras de riqueza mas também como credoras de afectos.
Vi uma peça jornalística acerca deste tema na Euronews (http://www.euronews.net/index.php?page=pass&article=422165&lng=6&option=1#) em que apresenta e interpreta os factores de risco para as famílias que vivem no limiar da pobreza. São famílias com baixos rendimentos e com pouco baixas perspectivas.
Um sociedade que ambiciona ser justa tem de potenciar, criar oportunidades de igualdade. Em termos práticos, na ciência económica, o “tempo é, de todos os recursos, o mais escasso e, a não ser que seja gerido, nada mais pode ser gerido”, pelo que é preciso agir quanto antes para que esta situação não se agrave cada vez mais.
Lamentavelmente, hoje de manhã ouvi na rádio que o nosso ministro da Saúde pretende debater a introdução de taxas moderadoras no Sistema Nacional de Saúde para criança. Acho mal! Depois de ler o teu post de hoje ainda fiquei mais perplexo!
Filipe, continua a trazer-nos à consideração todos estes temas. Porque não é só um problema dos outros. É um problema nosso, que nos afecta a todos. Somos como um grande novelo, em que no meio de todo o entrelaçado, estamos de alguma forma ligados.
João
PS:
A sociedade portuguesa possui uma elevada percentagem de analfabetismo e de iliteracia Quer isto dizer que para além de muitos portugueses não saberem ler e escrever têm dificuldades em perceber/processar alguma informação. Sendo assim, julgo ser necessário explicar e expor as decisões de forma clara e objectiva. Só assim, teremos cidadãos com opiniões mais esclarecidas e com tomada de decisões mais conscientes. Uma sociedade dialogante, interessada e interventiva pode resultar em escolhas mais acertivas e que poupem tempo e meios para inverter uma situação cada vez mais desagradável.

 
At 04 junho, 2007 13:59, Blogger Maria João said...

O problema, infelizmente, afecta cada vez mais as famílias que têm rendimentos. Elas bem trabalham, mas a maioria do dinheiro vai para a renda da casa. Nem que seja pequena e velha, é um dinheirão.

Que Deus nos ajude.

beijos em Cristo

 
At 24 junho, 2007 18:38, Anonymous Anónimo said...

Eu cá compreendo muito bem certos problemas
Tudo devia ser igual para todos
Sem descriminar nenhuma pessoa
Tudo devia ser um circulo de amor
Um amor de circulo social
Onde tudo num circulo fosse amor
Onde esse amor tivesse um circulo dourado de amor eterno

 

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