sexta-feira, fevereiro 8

Quénia: o país abre de novo portas a turistas e investidores

Crise pós eleitoral: Investidores e turistas convidados a voltar

"Vinde e estendei as mãos aos quenianos dizendo-lhes: estamos convosco. Não deixeis que seja só aquilo que ouvistes e vistes através dos meios de comunicação social a fazer os vossos juízos." Disse-o o ministro da informação, Samuel Poghisio, num cuidado apelo aos investidores e turistas estrangeiros, convidando-os a voltar ao Quénia, sublinhando que "a violência é diminuta e a maior parte do país não esteve em confrontos." Poghisio disse que aquilo que sucedeu nas ultimas semanas "será recordado como um período negro da nossa história", acusando os meios de comunicação internacionais de ter "inflamado os eventos" e piorado "a imagem do pais aos olhos do mundo."
Entretanto, no oeste do país os combates diminuiram de intensidade e de número, mas não estão completamente terminados e outras 10 pessoas terão perdido a vida em confrontos ontem na região de Trans Nzoia. A zona, desde há bastante tempo palco de batalhas entre comunidades étnicas por causa da posse de terras, viu intensificar-se a violência a seguir aos tumultos pós-eleitorais.
No que diz respeito às reuniões de mediação entre os dois partidos em Nairobi, terminou hoje mais um dia frenético, depois do partido da oposição (ODM) de Raila Odinga ter acusado o governo de armar os militantes responsaveis da violência nas ultimas semanas. Afirmações declaradas como "grotescas" pela maioria. É por tanto um clima tenso aquele em que as equipas de mediadores dos dois partidos estão a trabalhar. Isso mesmo demonstra o comunicado conjunto difundido hoje ao final da tarde pelos representantes dos dois partidos, segundo o qual, "as negociações prosseguem embora que mais lentamente que nos dias anteriores. De todas as maneiras avançando". Discutem-se nestes dias, no dizer de Kofi Annan, os temas quentes que têm a ver com a dimensão política da disputa eleitoral.
Fonte: www.misna.org -7/2/2008 - 19.51h

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