Fome no Quénia 2
O Programa Alimentar das Nações Unidas alimenta já 1.2 milhões de quenianos, especialmente em zonas mais áridas e dificeis. Esta crise está a aumentar o número de pessoas a passar fome no país para umas centenas de milhar acima dos acima mencionados. Estes novos "sedentos" encontram-se nas periferias pobres das cidades do país bem como nas áreas áridas do país.
"O único meio de conseguir ganhar algum dinheiro é vender estes tomates e o meu marido é um jua kali (trabalha em todo o tipo de trabalhos numa base ocasional). Temos ainda 3 filhos que temos que alimentar e levar à escola. Até as escolas aumentaram as propinas este ano."
"Com o preço elevado dos alimentos, é muito dificil recuperar da perda das nossas coisas durante a violência (Janeiro a Março 2008) pós eleitoral; eu tinha 5 casas (barracas do bairro de lata); 4 tinha-as arrendadas e 1 delas costumava vender lá vegetais e cereais."
"Durante a violência, estas barracas foram primeiro roubadas e depois incendiadas; agora só vendo vegetais. Eu tenho mesmo um documento oficial a dizer que essas barracas eram minhas, mas eentretanto essas barracas foram reconstruídas e outras pessoas estão lá a fazer os seus negócios; o documento parece que não vale mesmo nada!"
"Agora estou preocupada em saber como vou poder conseguir o dinheiro para manter as crianças na escola. Peço ao governo para nos ajudar, especialmente aqueles que perdemos as nossas posses durante a violência pós-eleitoral; precisamos de ser compensados de forma a podermos voltar à posição (económica) que tinhamos antes da violência."
* farinha cozida - base alimentar do povo no Quénia.
Fonte: IRIN Africa News
Etiquetas: draught, Fome, Kenya, Kibera, Nações Unidas, seca
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