sábado, fevereiro 9

Quénia: enviado da ONU já está no país.

O coordenador da ONU para emergências humanitárias, John Holmes, chegou ontem ao Quénia para coordenar as acções de ajuda humanitária no país.
Hoje visitou já dois locais afectados pela violência: Nakuru e Molo na região noroeste do país, onde se concentram em campos de refugiados mais ou menos improvisados muitos dos 300 mil deslocados devido à crise política e social no Quénia.
Depois de visitar estes lugares, tendo falado com os próprios deslocados, John Holmes pediu um urgente acordo político pela paz no país.
A visita do enviado da ONU chega num momento em que há esperanças de que uma solução política para a crise ponha fim a esta situação humanitária insustentável.
O enviado disse aos jornalistas que veio ao Quénia para poder testemunhar em pessoa a dimensão dos deslocados que foi provocada por lutas inter-tribais, ao mesmo tempo que dava apoio à mediação levada a cabo pelo Sr. Annan.
"Todos estamos à espera que haverá alguma espécie de acordo alcançado em Nairobi que ajudará para manter a frágil calma que temos vindo a ver pervalecer durante os ultimos dias em áreas como esta", disse Sr. Holmes em Nakuru, onde 11 mil pessoas ficaram sem casa e sendo que muitos deles estão acampados num estádio.
"A alternativa, se não há acordo, eu penso ser de muito maior preocupação no sentido que isso poderá constituir uma razão mais para reiniciar a violência e isso levará a mais pessoas ficarem sem lar e ser obrigadas a fugir, tornando-se muito pior esta tragédia que já se vive neste momento," disse Sr. Holmes à BBC.

Funeral de Deputado
Entretanto, no noroeste do Quénia, foram milhares aqueles que participaram no funeral do deputado David Kibutai Too, morto no meio da violência por um polícia de trânsito durante a passada semana. Raila Odinga disse aos seus apoiantes que qualquer acordo a vir a ser alcançado não será nunca de desconsideração "pela justiça dos Quenianos."

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