terça-feira, fevereiro 26

Quénia: agora é com os líderes

O Ex-secretário geral das Nações Unidas Kofi Annan disse segunda feira ao final do dia que os partidos rivais na actual disputa política parecem não conseguir resolver as suas diferenças, mesmo depois de semanas de negociações entre as duas partes.

Annan pediu em tom quase dramático ao presidente Mwai Kibaki e Raila Odinga, lider da oposição, para alcançar um acordo depois de os ter encontrado separadamente. Não estão de acordo nos poderes atribuídos ao proposto novo cargo de primeiro ministro para o país.
Esta disputa de poder depois da reeleição de Kibaki em Dezembro ultimo lançou o país em várias semanas de violência, deixando cerca de 1500 mortos e 300 mil desalojados e deslocados.
Annan tem estado no Quénia desde há mais de dois meses tentando resolver a crise - o período mais longo que alguma vez passou na resolução de um conflito. O chefe da mediação, Kofi Annan, terá depois dito que a equipa de mediadores "terminou o seu trabalho - peço agora os líderes dos partidos para fazer o seu." O repórter da BBC em Nairobi diz que se nota em Annan claramente sinais de frustração pela falta de progessos nas negociações.
Um dos membros da equipa de mediação terá mesmo dito que o problema é da parte do governo, o qual não está desejando confrontar-se com a realidade de partilha de poder, mesmo tendo já ambas as partes acordado na criação do posto de primeiro ministro. As divisões serão ainda latentes na partilha das pastas ministeriais (ministérios) bem como na possibilidade de novas eleições caso a coligação falhe.
Annan terá ainda afirmado que ele se sente como um prisioneiro da paz - não conseguindo chegar a um acordo mas também não desejando deixar o Quénia nesta situação.

Fonte: BBC (inglês) e MISNA (italiano)

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